A inversão de valores atinge todos os campos de nossa sociedade. Hoje, as pessoas confundem conceito com pre-conceito, liberdade com libertinagem. Para muitos, quanto pior, melhor. Há quem pense que a mentalidade evangélica sobre a prática do sexo seja ingênua ou suja. Pelo contrário, a Bíblia fala do sexo de forma direta. Deus é o criador do sexo, ele é bom. Na verdade, é um dos melhores prazeres que podemos usufruir nesta vida, e a Bíblia não esconde isso. O livro bíblico de Provérbios diz: “[…] Alegre-se com a esposa da sua juventude. Que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela” (Pv 5.18-19). A Bíblia ainda diz que marido e esposa devem satisfazerem-se sexualmente, que o corpo da mulher é de seu marido e da mesma forma o corpo do marido é de sua mulher. Que um não deve recusar-se ao outro, exceto por mútuo consentimento e apenas durante certo tempo, para que Satanás não os tente por ficarem mais vulneráveis pelo desejo durante a abstinência (1 Co 7.3-5). E isso não é tudo. Dos 66 livros que formam a Bíblia Sagrada, um deles tem uma linguagem bem erótica. Pegue uma Bíblia e leia o livro de “Cântico dos cânticos” e confira como Deus não tem problemas com o sexo.
Uma pesquisa feita entre centenas de casais, constatou que os casais evangélicos desfrutam bem melhor da prática sexual do que os que não são evangélicos. Qual a razão? Será que é porque os evangélicos são preconceituosos? Não. A resposta é que, em geral o cristão se rege por conceitos morais e espirituais bíblicos, e isso oferece confiança e segurança mútua, enquanto que muitos outros, não todos, não têm conceitos saudáveis formados nessa área, vivem na libertinagem sem princípios cristãos e dizem que somos tapados porque não aceitamos a frouxidão moral que campeia em nossa sociedade. A questão é uma só: não temos preconceitos, mas não abrimos mão dos conceitos fundamentados na Palavra de Deus, na moral, na decência e na ordem. Não devemos aceitar as merecidas gratificações eróticas em nome da libertinagem.
1. A importância da virgindade. Para muitos, o “tabu” da virgindade já foi derrubado. Apenas os religiosos ultraconservadores ainda a defendem. Será que a relação sexual entre jovens pode ser equiparada a uma diversão como ir ao shopping e ao cinema? Virgindade é mais que certificado de castidade. Virgindade é mais que manter intacto o hímen que pode ser rompido por alguma outra razão que não a penetração do pênis. Virgindade fala de guardar-se sexualmente para o casamento, pois “é a única coisa que você só dá uma vez para uma única pessoa”. Se a média da iniciação sexual das meninas tem sido 15 anos, isso não significa que temos que aceitar tal prática como normal. Sexo antes do casamento é imoralidade, e Deus manda fugir da imoralidade sexual. Por causa de tudo isso, cada homem deve ter sua esposa, e cada mulher o seu próprio marido (1 Co 6.18; 7.2).
2. O sexo anal não é normal. Porque muitos homens desejam penetrar o ânus da mulher, não quer dizer que deva fazer isso. Antes de falar de dor e do cuidado com o esfíncter, deve se pensar em higiene e nas funções naturais dos órgãos de nosso corpo. Enquanto a vagina, que significa bainha, foi feita para receber o pênis, a função do ânus é expelir excrementos. A Bíblia diz: “Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza” (Rm 1.26). Nem todo desejo sexual deve ser satisfeito. Precisamos aprender a viver satisfeitos com desejos não satisfeitos.
3. O prazer não justifica os meios. A satisfação e as fantasias sexuais não podem ignorar a razão e o bom senso, sem jamais esquecer do que diz a Bíblia sobre relacionamento conjugal. Sabemos que se torna cada vez mais comum frequentar clubes de suingues, troca de casais, sexo a três, ver filmes eróticos, visitar sex shops, e a observação da relação sexual de outros casais como meio de excitação. Na visão bíblica, isso é sodomia e perversão. Está escrito: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine” (1 Co 6.12).
4. A questão da masturbação. O auto-erotismo, ou o estímulo sexual de si mesmo, é um assunto muito debatido. Há quem veja a masturbação como pecado, pois o sexo deve ser satisfeito entre homem e mulher comprometidos pelo casamento. Para outros, como o Dr. Charlie Shedd, a masturbação é “uma dádiva de Deus”. Ele acha que a masturbação “pode ser um fator positivo no desenvolvimento total. Na adolescência, a masturbação é preferível à relação sexual. É melhor voltar para casa molhado e aborrecido, do que satisfeito e preocupado”. Um dos problemas da masturbação é que quase sempre ela é feita desejando satisfação sexual com alguém, e isso na Bíblia é chamado de adultério (Mt. 5.27-29).
Esta postagem foi motivada por uma reportagem de uma revista de circulação nacional que trata do sexo de uma forma que não concordo. Levantei essas quatro questões porque acredito que elas, entre outras, também incomodam os namorados ou pretendentes.